A religiosidade é um aspecto importante na história do povo baiano. A Bahia é um estado bastante religioso, e o catolicismo é classificado como a religião predominante. Entretanto, há uma variedade de religiões, seitas, igrejas, templos, terreiros, crenças separadas ou totalmente misturadas dentro do estado. É muito comum que, por essa diversidade de religiões, as pessoas se envolvam com religiões distintas das suas, porém há quem não consiga compreender outras "verdades", como é o caso da religião protestante que não acredita e não se envolve de jeito nenhum com o candomblé, muito marcante na cultura baiana. Isso revela que a população baiana, apesar de não parecer, é bem dividida sobre essas questões. Enquanto é uma cena comum uma filha de santo rezando ao senhor do Bonfim ou um católico oferecendo caruru aos ibejes (São Cosme e Damião), mostrando um sincretismo religioso tão presente nas festas de santos católicos sinas de um tempo em que negros disfarçavam o culto a seus deuses, há quem não suporte olhar para o Dique do Tororó e ver as estátuas dos orixás ali presentes.
O interessante desse sincretismo religioso é que os símbolos, as “lavagens” e as imagens retratam a religiosidade baiana, que por sua tradição atraem turistas e difundem a sua diversidade. As festas dos santos são movidas à missas com banhos de pipoca e as pessoas acreditam nos princípios do catolicismo e do candomblé ao mesmo tempo, como mostra o vídeo acima. A forte devoção da população e a capacidade de seu povo de misturar o sagrado e o profano são veiculados na mídia e compõem a identidade da Bahia. Contudo, essa mistura serve para reforçar a forte bagagem cultural que envolve o povo baiano.