segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BAIANÊS, LÍNGUA "MISERAVONA"!

Misericórdia! Baianês é massa.

Largue de nove horas entre logo no blog e se acomode, não paga não, aqui né buzu que só velho entra de graça!!


Beijo banda mel!!

FRASES DE BAIANO

Oxe!..cadê meus um real?
Êta que o baêa tomô um sapeca-iaiá da porra!
Tudo piriguete
Colé, misera!
vamo arrudiar
então viu, viu?
Fui lá na casa da porra!
Vá se lenhar vei!
Colé, veio? Deixe de nove hora!
E aí, viado!
Se bote ae vá!
Pior é na guerra negão!
Que mizera, vú!
Oooxi, ta achandando qui isso aqui é o que?
Se saia!
E eu sou robô pra tá "cumenu" pilha, é?
Eu quero prova e um real de Big-Big
Vô me sai, maluco!
Sou boca de ZERO NOVE MEU REI!
Quem vai é coelho!
Tome na seqüência misêre
A resenha tá comendo solta
relaxe! pra quê a pressa!
digai negao
que presepada da porra!
Cê tá ligado qui cê é minha corrente, né vei?
La ele!
me solte váa!
Ta vendo ae você errado ?
Aondeeee pai ...
Eta danada!

      TESTE SE VOCÊ É BAIANO...
VOCÊ É BAIANO SE:

1. Você fica "virado na porra" quando chove no fim de semana....
2. Agüenta comer pelo menos 2 acarajés sem passar mal..
3. Chama seu amigo de "corno", “viado"; sua amiga de
"nigrinha”,piriguete”.->e eles não se incomodam...
4. Acha normal comer um "cacetinho" ou uma "vara"...
5. Acha legal ficar horas na fila do ferry pra passar o feriadão
em uma casa com mais de 30 pessoas...
6. Já "comeu água" no chuleta...
7. Vive se perdendo no Pelourinho...
8. Chama Graça de "Gal',Wagner de "Wal",Fernando de "Feu",Gilberto
de “Gil”...
9. Mata o gerúndio: -> Qué qui cê tá FAZENO? ->Eu tô DURMINO...
10.Confunde Parque da Cidade com Parque de Pituaçu...
11. Fica "rumando" sabonete,alfazema e um monte de tranqueira no
mar no dia 02 de fevereiro...
12. Marca um compromisso pra "de hoje a oito"...
13. Já chamou carinhosamente alguém de "tio", “esse menino" ou
“coisinha”
14. Fala "na moral" ao invés de "por favor"...
15. Acha compreensivo o diálogo:-> “Colé de mermo,broder?...” ->
"É niúma!!...” -> “Vô pro reggae,ta ligado?...” -> “Vô cumê água
com os cara!!” –>“Vá nessa, véi!” - “Falo maluco.”...
16. Vive dizendo que Sergipe é o quintal da Bahia...
17.Acha legal quando dizem que você é "retado"; "miseravão" ou
"putão”...
18. Já foi ver o pôr-do-sol no Farol da Barra...
19. É "casquinha" o ano todo,mas abre a mão pra comprar o abadá do
Chicletão”...
20. Insiste em chamar o "Aeroporto Internacional Deputado Luis
Eduardo Magalhães" de "Dois de Julho".
21. Acredita que o prefeito de Salvador e o governador da Bahia
são a mesma pessoa -> e que têm a cabeça branca...
22. Já comeu moqueca de miolo,xinxim de bofe,sarapatel,mininico de
carneiro, dobradinha,mocotó,buchada,rabada... e gostou...
23. Não vai embora, “se pica","parte a mil","se sai",“capa o
gato”.
24. Não se chateia,fica retado...

FALTAM 98 DIAS PARA O CARNAVAL!!!

domingo, 28 de novembro de 2010

Etapas do processo de discussão

As discussões que evoluem bem, partindo de diferenças iniciais e chegando a conclusões de comum acordo, normalmente seguem a mesma seqüência geral, embora em situações informais isso possa não ser imediatamente evidente.

Preparação
Antes de iniciar qualquer tipo de negociação, você deve estar confiante quanto a dois aspectos:
_ que você está plenamente informado do assunto e provavelmente não será pego de surpresa quando lhe apresentarem fatos ou dados inesperados;
_ que você sabe o que quer conseguir.

Na comunicação baiana, praticamente não existe essa preparação, a discussão ocorre aleatoriamente, o que vier na cabeça às pessoas falam.

Troca de idéias
Na discussão em si não convém ir direto às solicitações ou propostas, nem começar argumentando os prós e contras da posição de cada, pessoa. É melhor passar um tempo fixando e explicando as posições iniciais. Entender qual é o problema dos outros e por que a visão deles difere da sua ajuda muito quando se passa a pensar nas possíveis soluções.


Exploração de Possíveis acordos
A necessidade de passar de uma troca de idéias para a análise das possíveis soluções foi considerada no Capítulo 3. Naquele capítulo também foi explicada a importância de se deixar as idéias fluírem sem compromisso e de enfatizar os benefícios que os outros teriam ao fazer qualquer concessão ou acordo.

Procura de pontos de interesse comum
Há uma tendência para se concentrar naqueles aspectos de uma discussão em que há diferenças de opinião. Dois negociadores inexperientes podem passar muito tempo discordando um do outro, e o resultado pode, facilmente, ser uma polêmica exaltada.


Garantia de acordo
A maioria dos aspectos desta etapa final já foi considerada anteriormente, no tópico “Concessões e acordos”. Vale ressaltar, entretanto, que a finalidade da discussão é alcançar um resultado mutuamente satisfatório, e que há riscos de uma discussão construtiva falhar na última hora, não se chegando a um acordo seguro.


Implementação do acordo
Os acordos não têm valor até serem implementados. Em questões simples, as medidas para assegurar a implementação podem ser óbvias, mas às vezes há necessidade de concordar com um plano de implementação específico. Às vezes os acordos são desfeitos porque, embora haja consenso sobre os princípios e objetivos, as partes interessadas não chegam a concordar com o processo detalhado necessário para colocá-los em prática.


Na Bahia, devido a sua diversidade cultural, as discussões demoram a chegar a um acordo comum. Discutir determinado assunto na Bahia pode se tornar bastante complicado, porque as pessoas divergem muito sobre os temas e não se preocupam em seguir as etapas do processo de discussão.

Estratégia para formação da baianidade

A identidade

A construção identitária de um indivíduo, ou um grupo deles, está direta e indissociavelmente ligada ao meio sócio-cultural no qual está inserido. Obviamente, a posição geográfica ocupada por este indivíduo, sua naturalidade, será um forte agente condicionante de seus laços identitários, mas “a identidade é definida historicamente, e não biologicamente” (HALL, 2003, pg. 18); tal condicionamento é apenas uma conseqüência dos processos de experimentação social e discursiva aos quais o indivíduo não só foi exposto, mas participou ativamente.

Considerando o vultoso progresso técnico dos sistemas de comunicação a afirmação anterior se faz ainda mais pertinente. A interação entre as mais diversas regiões do globo terrestre foi deveras potencializada, o que ocasionou, dentre muitos outros fenômenos, um processo de desterritorialização da cultura– à exemplo da formação de grupos sociais que, independente dos fatores tempo e espaço, valorizam simultaneamente elementos de várias culturas. O processo de construção identitária do sujeito pós-moderno é dinâmico e constante, intrinsecamente relacionado à guisa que somos concebidos e interpelados pelos aparelhos culturais que nos envolvem– concessões e interpelações estas que, ao longo do tempo, asseguram que “dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas” (HALL, 2003, pg. 18).

Para o presente estudo, se faz necessário perceber que “a identidade plenamente unificada, ompleta, segura e coerente é uma fantasia” (HALL, 2003, pg. 18), por mais almejada que esta plenitude seja. A dita baianidade é um constructo identitário-cultural bastante conhecido e disseminado; uma tentativa de homogeneização cultural do vasto e plural estado que é a Bahia numa reduzida gama de características estereotipadas. Mas, a fim de que a compreensão deste artigo seja verdadeiramente atingida, é preciso ser ainda um pouco mais crítico e atentar para as articulações políticas, sociais e econômicas que existem por trás de toda identidade e, principalmente, para o papel que o aparelho midiático contemporâneo desempenha na manutenção destas.

Assim sendo, intuito deste artigo é analisar os mecanismos de construção discursiva contidos nas peças televisivas da campanha publicitária veiculada pela Empresa de Turismo da Bahia, no fim do ano de 2005 e no início de 2006. Seguindo a doutrina da Análise do Discurso, serão considerados para a realização de tal análise os aspectos lingüísticos e discursivos evidentes nas construções verbais das peças: preferências lexicais, tendências verbais, elementos dêiticos, entre outros– concentrando-se esforços na compreensão da relação estabelecida entre linguagem, imagem e construção de identidade do povo baiano em prol do objetivo maior na qual estão todos pautados.

A baianidade: o baiano e sua pretensa identidade cultural homogeneizada

A condição de “ser baiano” implica não só em encaixar-se em uma série de determinações como entonação vocal, gosto culinário, humor, disposição física, vícios comportamentais, mas, sobretudo, em sentir-se reconhecido como tal. Baiano que é baiano está sempre contente, gosta de acarajé, é enérgico e fortemente ligado as suas raízes, não é verdade?

A baianidade, assim como foi dito de toda e qualquer identidade, não é apenas um fenônemo de supervalorização do patrimônio cultural baiano, ela tem um propósito a servir. O Governo do Estado (vigente na época) determinou este propósito: o turismo.

Desde a década de 70 que há a proposta de publicizar a Bahia não só enaltecendo sua exuberância natural, mas também exibindo a diversidade e unicidade de suas manifestações culturais, em especial as afro-descendentes. Na época, o principal instrumento de propagação da idéia era o próprio turismo, ao qual ela servia, mas, com o avanço dos meios de comunicação no Estado, a baianidade foi ganhando todo um apelo midiático que acelerou em muito sua consolidação.

No processo de sustentação do apelo cultural em prol do turismo, a mídia “age também como importante e interessada agência dessa fabricação da identidade baiana atual” (RUBIM, 2001, pg.17). A TV Bahia é o primo exemplo dessa mobilização midiática: a emissora edificou uma faceta deveras diferenciada da Rede Globo de Televisão, ela foge do estigma de mera repetidora da Rede Globo de Televisão e utiliza- se de uma estrutura de marketing cultural violenta a fim de viabilizar uma imagem própria, com forte identificação com a chamada Bahia reinventada (MELO, PROCÓPIO, 2004, pg. 4)

Uma estratégia que não só sustenta um objetivo maior, mas finda por ocasionar um retorno direto à emissora, pois “em uma circunstância de globalização, o local pode dar possibilidade

identitária, pode ser diferencial relevante de inscrição na sociedade e no mercado competitivos”

(RUBIM, 2001, pg.17).

No tópico seguinte serão explicitados alguns dos artifícios discursivos presentes nas peças veiculadas pela mídia a fim que se possa perceber a utilização da identidade cultural da Bahia como instrumento de fomento ao turismo– e, no caso particular do objeto estudado, também para a auto-enaltecimento do próprio Governo do Estado.

A campanha e o discurso: a análise

Como sobredito, ocorpus da pesquisa são as peças televisivas da campanha publicitária criada pela agência de publicidade Rede Internacional de Comunicação S/A, Malagueta Filmes, promovida pela Empresa de Turismo da Bahia, vulgo Bahiatursa, e veiculada por diversas emissoras de televisão nos anos de 2005 e 2006. A campanha tinha como objetivo reforçar a imagem da Bahia como uma interessante opção turística, uma comunidade plural, repleta de aventura e festa.

Dentre as cinco peças que formam a extensão total da campanha, apenas duas delas tem como função construir no imaginário do espectador uma projeção da Bahia, as outras três, de menor duração, apenas se apóiam nestas e se utilizam de recursos como o humor para recorrer a esta projeção, mantendo assim o espectador constantemente conectado a ela. Como a parte imagética das peças do discurso não acrescenta muito em nossa análise, principalmente devido à metodologia escolhida, nos deteremos às construções verbais de tais anúncios.

É bastante recorrente nas peças a presença do“outro”, do estrangeiro; encantados não só com exuberância da beleza natural da Bahia, mas com a condição de ser baiano, aproximando-se a todo tempo do supracitado estereótipo da baianidade. Dos cinco locutores apresentados na peça “Carnaval do Planeta”, quatro são representações deste strangeiro; representações estas que sustentam algumas características ditas“tipicamente baianas” e se intitulam baianos.

Exemplo 1:

“Meu estado da Bahia está crescendo mais que o Brasil nos últimos anos”

Carnaval do Planeta

Exemplo 2:

“Eu tenho orgulho de ser baiano”

Carnaval do Planeta

Ao considerar um estrangeiro, que nem sequer domina a língua portuguesa, um baiano há uma reafirmação do fim puramente comercial dessa construção identitária denominada de baianidade. Fazê-lo é assumir que a baianidade não passa de uma máscara imaginária vendida aos turistas, que podem intitular-se baianos a partir do momento em que atendam a todos os pré-requisitos– portem todas as características apresentadas pela mídia– para reconhecer-se como tal. Fica possível então perceber a criação de um novo produto turístico, um produto incorpóreo e alegórico: a condição de

“ser baiano” – forjada não só pelos órgãos oficiais de turismo e cultura do estado da Bahia, mas

também por todo o povo baiano a partir da legitimação do discurso da baianidade.

A festa é um componente primordial, e constante, da identidade do baiano e sua maior

representação é o carnaval. A manifestação cultural que foi progressivamente reduzida à mera festa

– complexo processo que vai além da alçada do presente estudo – é indissociável à figura do

“baiano midático”; quando não se encontra presente em seu discurso pode ser reconhecido no seu

comportamento, pela (suposta) alegria, disposição e criatividade baianas– mas nunca está ausente.

Exemplo 3:

““Tinha mesmo que fazer a maiorfesta do mundo paracomemorar.”

Carnaval do Planeta

Exemplo 4:

“Cê vai se acabar no carnaval da Bahia”

Carnaval do Planeta

Faz-se imprescindível perceber como o forte apelo imagético, mais perceptível na peça intitulada “Verão 2006”, se encarrega de evidenciar e ratificar essa constituição popular comungada pelos baianos mesmo que por meio da exploração dos menores detalhes presentes no cotidiano da população baiana: é repetidamente acentuada a condição multirracial, a invocação da beleza feminina como atributo geográfico, a simpatia e hospitalidade para com o turista, a alegria, a criatividade. Nada passa despercebido– inclusive a beleza natural do estado.

Término: a máscara corroborada

As estratégias de marketing para o turismo são pautadas na veiculação de uma imagem extremamente simbólica da Bahia. A concepção desta tem como pilar a constante legitimação da baianidade, discurso urdido ao decorrer das últimas décadas não só pelo Governo do Estado, mas, principalmente, pela comunidade artística– com o aval da população baiana.

A campanha em análise então nada fez, além de estabelecer uma composição que “faz com que esse receptor reconheça-se como consumidor na imagem publicitária, ou que pelo menos, deseja ser o personagem que o representa na publicidade” (BIGAL, 1999, p.58), fazendo com que (tanto o baiano quanto) o turista deseje(m) compartilhar um pouco dessa baianidade– pautando-se na necessidade econômica da afirmação e disseminação de uma identidade positiva, e atrativa, para a Bahia. Na verdade pode-se afirmar que a publicação do produto turístico Bahia compactua perfeitamente com o discurso identitário proveniente de escritores, compositores, artistas e todos aqueles que compuseram certa interpretação da Bahia e da baianidade; o discurso da construção da identidade cultural baiana não foi deturpado, apenas ganhou com o suporte miditático mais um forte mecanismo de reforço, perante todo o Brasil e o estrangeiro, para o caráter lúdico de ser baiano, o simulacro da baianidade– interligado a uma cadeia de elementos culturais, étnicos e até místicos, que transcende a realidade e incorpora uma representação do real.

Assim sendo, ficam bastante perceptível os laços da mídia com a construção e sustentação da identidade cultural baiana, além de sua posição enquanto um dos principais fatores responsáveis pelo posicionamento da Bahia como pólo turístico basilar do nordeste do Brasil.




http://www.scribd.com/doc/37685905/O-estigma-da-baianidade-no-campanha-publicitaria-do-governo-do-estado-da-bahia-em-2006

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Baianidade e os discursos informativos e persuasivos

Discurso Informativo:
Se baseia em fatos, não em opiniões, e tem o objetivo de informar, é sólido e deve incluir várias referências para dar crédito à informação. É importante salientar que a bagagem cultural faz sempre parte do discurso informativo, embora nem sempre seja fácil detectar tal influência. Algumas vezes isso ocorre pela crença que uma pessoa tem no etnocentrismo, isto é, na superioridade inerente ao seu próprio grupo étnico ou cultural. Isso acontece bastante entre as regiões do nosso país e se tornou mais evidente nessas últimas eleições, quando Dilma Rousseff se tornou a primeira presidente mulher do Brasil. A rivalidade entre o sudeste e o nordeste (ou melhor Bahia, como o nordeste é conhecido) ficou explícita na internet com as manifestações de discriminação a nordestinos pela vitória da petista, já que ela ganhou em todo o nordeste. Esse tipo de discurso informativo usa algumas das técnicas de informação estudadas como por exemplo o objetivo específico do discurso, que nesse caso é deixar claro que há rivalidade entre as regiões do país, a criação de uma demanda por informação, mostrando que devemos acabar com essa rivalidade e a promoção do envolvimento da audiência, com opiniões aqui no blog sobre o que eles acham sobre o assunto.

Discurso Persuasivo:
Este tipo de discurso usa fatos para ajudar a apoiar uma opinião. As informações no discurso persuasivo devem ser pesquisadas e incluir as referências. Uma pessoa que faz um discurso persuasivo deve escolher uma opinião e defendê-la em todo o discurso.
Na Bahia, observa-se esse tipo de discurso freqüentemente entre os comerciantes e consumidores. Por exemplo, quando o vendedor quer vender seu produto ele vai usar o discurso persuasivo até conseguir concretizar a venda.
Outro exemplo é a rivalidade no futebol, principalmente entre o Bahia e o Vitória. O torcedor dos dois times sempre defenderá seu clube com um discurso persuasivo, mesmo estando errado ele usará o discurso para defender o time.

sábado, 6 de novembro de 2010

As habilidades de ouvir um baianês "arretado de bom"


O ato de ouvir é algo que exige atenção, compreensão e acima de tudo interesse por parte do ouvinte. Há três maneiras de demonstrar a atenção: física, psicológica e verbalmente.
Para demonstrar a atenção física, as pessoas devem adotar algumas atitudes, como: olhar de frente a pessoa que fala; manter bom contato visual; manter uma postura receptiva; e permanecer relativamente relaxado.
Na Bahia, o modo peculiar de falar dos baianos, às vezes, pode trazer certas dificuldades para quem não tem conhecimento adequado de suas gírias, de seu modo de falar e de suas vivências. Por exemplo: um turista na Bahia, que não tem o conhecimento adequado de certas expressões que utilizamos, demonstrará falta de interesse, sua postura não será receptiva e ele ficará inquieto, provavelmente ele irá balançar a cabeça afirmativamente, porém não irá entender muita coisa, demonstrando assim que mesmo que ele esteja escutando, ele estará, dificilmente, ouvindo. Percebe-se que nesse tipo de comunicação, entre turistas e baianos, há a necessidade da atenção verbal, pois o turista precisará questionar o que não ficou claro para ele, mostrando assim que ele está ouvindo efetivamente.
Contudo, é muito comum entre os baianos o envolvimento pessoal com o que está sendo dito e com quem diz. Como nos apegamos facilmente, temos dificuldade de nos mantermos neutros diante das situações, demonstrando uma atenção psicológica, que estiga as pessoas a se concentrarem naquilo que está sendo dito, como está sendo dito e nos sentimentos e emoções que estão sendo expressos.


Fonte: Livro Exame Você s.a. "Como Ouvir Pessoas" de Ian MacKay

domingo, 17 de outubro de 2010

Modelos da Comunicação na Bahia

Olá nessa postagem estaremos mostrando a relação que os modelos da comunicação estabelecem com a baianidade.
A comunicação baiana pode ser analisada pelo modelo matemático de Shannon e Weaver, que traz a idéia de que a mensagem transmitida possa ser mal entendida pelo receptor, o que acontece muito no nosso estado. A Bahia acolhe muitos turistas e, consequentemente, algumas vezes existe uma má comunicação entre turistas e moradores em que o transmissor, no caso o turista, não consegue passar a mensagem sem que haja um ruído para o receptor e vice-versa, ocorrendo uma comunicação com falhas, com dificuldades na interpretação. Essa linguagem problemática, muitas vezes causada pelo baianês, dicionário de gírias da cultura baiana, dificulta a comunicação entre os turistas e os baianos. Essa dificuldade comunicativa, que ocorre na maioria dos casos, damos o nome de efeito rejeição.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Religião na Bahia


A religiosidade é um aspecto importante na história do povo baiano. A Bahia é um estado bastante religioso, e o catolicismo é classificado como a religião predominante. Entretanto, há uma variedade de religiões, seitas, igrejas, templos, terreiros, crenças separadas ou totalmente misturadas dentro do estado. É muito comum que, por essa diversidade de religiões, as pessoas se envolvam com religiões distintas das suas, porém há quem não consiga compreender outras "verdades", como é o caso da religião protestante que não acredita e não se envolve de jeito nenhum com o candomblé, muito marcante na cultura baiana. Isso revela que a população baiana, apesar de não parecer, é bem dividida sobre essas questões. Enquanto é uma cena comum uma filha de santo rezando ao senhor do Bonfim ou um católico oferecendo caruru aos ibejes (São Cosme e Damião), mostrando um sincretismo religioso tão presente nas festas de santos católicos sinas de um tempo em que negros disfarçavam o culto a seus deuses, há quem não suporte olhar para o Dique do Tororó e ver as estátuas dos orixás ali presentes.
O interessante desse sincretismo religioso é que os símbolos, as “lavagens” e as imagens retratam a religiosidade baiana, que por sua tradição atraem turistas e difundem a sua diversidade. As festas dos santos são movidas à missas com banhos de pipoca e as pessoas acreditam nos princípios do catolicismo e do candomblé ao mesmo tempo, como mostra o vídeo acima. A forte devoção da população e a capacidade de seu povo de misturar o sagrado e o profano são veiculados na mídia e compõem a identidade da Bahia. Contudo, essa mistura serve para reforçar a forte bagagem cultural que envolve o povo baiano.